terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A OMISSÃO DAS AUTORIDADES BRASILEIRAS NO EXTERIOR-"Para que servem nossos consulados e embaixadas?"


A OMISSÃO DAS AUTORIDADES BRASILEIRAS NO EXTERIOR-"Para que servem nossos consulados e embaixadas?"

Ando cansada de partilhar esse tipo de notícia envolvendo brasileiros no exterior e a inércia do ITAMARATY.
Quando estamos aqui no Brasil,com nossos filhos, ainda somos perseguidas, separadas das nossas crianças, sem que a SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS sequer analise as reais circunstâncias que envolvem cada caso.
O Brasil faz politica da "boa vizinhança" com países que decididamente não cumprem os Tratados Internacionais dos quais são signatários, sacrificando os seus cidadãos e sobretudo as CRIANÇAS.
POR QUE O ITAMARATY PASSADOS 3 ANOS, NÃO RESOLVEU JUNTO AO ESTADO ALEMÃO A SITUAÇÃO DE JACY RADUAN E DOS SEUS FILHOS RETIDOS ILEGALMENTE NO PAÍS???

POR QUE A BRASILEIRA, QUE TEM 2 FILHAS QUE FORAM ADOTADAS ILEGALMENTE PELA EX-PATROA PORTUGUESA AINDA NÃO RETORNARAM AO BRASIL???? CONSOANTE INFORMAÇÕES, PORTUGAL SE RECUSA A DEVOLVER AS CRIANÇAS À MÃE, SOB A ALEGAÇÃO DE QUE EM PORTUGAL ELAS TÊM MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA.

HÁ AINDA O CASO DE MINHA FILHA MARIA CLARA, O DE ELIANA MARZ, ROBERTA SANTALUCIA, E MAIS CENTENA DE CASOS ENVOLVENDO BRASILEIRAS E SEUS FILHOS.

ALEM DISSO, HÁ OUTRAS QUESTÕES DE CUSTEIO DE TRANSLADO DE CORPO DE BRASILEIRO ASSASSINADO NO EXTERIOR, QUE FOI NEGADO PELO CONSULADO BRASILEIRO.

CRIMES COMETIDOS CONTRA BRASILEIROS QUE NÃO SÃO ESCLARECIDOS, EM DECORRÊNCIA DO DESCASO DO ITAMARATY,QUE NÃO ACOMPANHA E NEM PRESSIONA AS AUTORIDADES ESTRANGEIRAS A CUMPRIREM COM SUAS RESPECTIVAS OBRIGAÇÕES.

RECENTEMENTE, SAIU UMA MATÉRIA NA REVISTA ISTO É, ESCRITA POR WILSON AQUINO,JORNALISTA SÉRIO E COM FORTE COMPROMISSO COM A VERDADE. ELE REALIZOU TEMPOS ATRÁS UMA MATÉRIA COMIGO SOBRE O CASO MARIA CLARA.
A REPORTAGEM É UM SOCO NO ESTÔMAGO, POSTO QUE REVELA O DESCASO, A OMISSÃO DAS AUTORIDADES DIPLOMÁTICAS DO BRASIL, QUE PRESTAM UM DESSERVIÇO AOS CIDADÃOS BRASILEIROS QUE A ELA RECORREM NOS MOMENTOS DE DESESPERO.

A MATÉRIA VEM  COM O SEGUINTE TÍTULO:


"PARA QUE SERVEM OS NOSSOS CONSULADOS E EMBAIXADAS?"
A bilionária máquina diplomática do País proporciona mordomias a servidores públicos, mas falha na missão de dar suporte aos cidadãos brasileiros no Exterior.

Na semana do Natal e do Réveillon, os brasileiros que foram ao consulado de Florença, na Itália, em busca de uma solução para algum embaraço burocrático, foram informados de que as atividades da casa estavam suspensas pelo recesso de fim de ano. No dia 4 de janeiro, a psicóloga amazonense Jaqueline Lopes Marques morreu em um acidente de carro em Los Angeles, nos Estados Unidos, e sua família declarou que não recebeu nenhum suporte da representação consular brasileira. Graças à morosidade das autoridades, o corpo de Jaqueline demorou quase uma semana para ser liberado para o Brasil. Na semana passada, o jornal “Folha de S. Paulo” revelou que o embaixador Guilherme de Aguiar Patriota (irmão do ex-ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota), número dois da missão do País na ONU, mora no Upper West Side, uma das regiões mais nobres de Nova York, em um imóvel alugado por US$ 23 mil mensais, o equivalente a cerca de R$ 54 mil. Detalhe importante: a conta é paga pelos cofres públicos. Em comum, todas as histórias apresentadas aqui revelam a ineficiência da bilionária máquina diplomática do Brasil.
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LUXO
A embaixada brasileira na Piazza Navona tem obras de arte e teto banhado a ouro
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Com um orçamento que ultrapassa os R$ 2,2 bilhões, o Ministério das Relações Exteriores gasta R$ 800 milhões apenas com servidores ativos, grande parte ganhando acima do teto constitucional, e outros R$ 400 milhões para manter a estrutura de embaixadas e consulados em 182 postos espalhados pelo mundo. Em Roma, na Itália, o Brasil mantém quatro representações diplomáticas. São duas embaixadas (uma delas no magnífico Palazzo Pamphili, na Piazza Navona, ornado com obras de arte e teto banhado a ouro, além de outra no Vaticano), um consulado-geral e um escritório junto à FAO, braço da ONU para alimentação e agricultura. Para que tudo isso? Procurado por ISTOÉ, o Itamaraty nada informou sobre o alto preço pago pelos brasileiros para sustentar seus tentáculos diplomáticos. Os gastos são bancados pelo contribuinte brasileiro, é claro, mas tratados com sigilo, o que é de estranhar em um País onde a transparência se tornou lei.
O órgão tem prometido ano após ano abrir sua caixa-preta de despesas e mostrar como os representantes brasileiros do alto escalão da diplomacia gastam o dinheiro público, mas os sistemas de controle de gastos do governo federal só alcançam um terço das despesas e não incluem detalhes das compras feitas por embaixadas, que são controladas pelo escritório financeiro de Nova York.  Só em festas, jantares e recepções, serão mais de R$ 12 milhões para custear eventos no Exterior em 2014. A maioria deles ocorrerá nas residências oficiais dos embaixadores, com o argumento de que ajudam a azeitar as relações dos homens que representam o Brasil em solo estrangeiro com autoridades de outros países. Trata-se, porém, de estratégia questionável cujos resultados práticos nem mesmo diplomatas experientes conseguem listar. A divulgação de que o embaixador Guilherme de Aguiar Patriota mora em um imóvel cujo aluguel custa R$ 54 mil mensais escancarou as mordomias da cúpula diplomática que vive no Exterior. Legalmente, o auxílio-moradia varia de US$ 3,2 mil a US$ 6,6 mil por mês, mas esses valores podem ser driblados por servidores de alto escalão cuja moradia é classificada na categoria de “residência oficial.” Na prática, isso permite o pagamento de aluguel de qualquer quantia. Dois diplomatas ouvidos por ISTOÉ afirmaram que a manobra é aceita pelo ministério apenas em alguns casos, mas sempre a partir de critérios que costumam ser justificados por apadrinhamentos.
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EMBAIXADA EM BERLIM
Estrutura cara, mas ineficiente
Do lado de fora dos muros das embaixadas e dos consulados, brasileiros que buscam ajuda efetiva da diplomacia sofrem com a passividade do País diante de problemas que mereciam reações mais firmes e solidárias. A má qualidade dos serviços explica-se por uma prática cada vez mais frequente: a indicação de servidores sem experiência prévia e treinamento para funções de chefia, e até empregados terceirizados para exercer funções de vice-cônsul do Brasil.  “Isso foi um absurdo e relata os problemas administrativos que os consulados vivem”, diz Soraya Castilho, presidente da Associação Nacional dos Oficiais de Chancelaria do Serviço Exterior Brasileiro.
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A maioria dos cidadãos que já enfrentou um problema grave no Exterior descreve uma situação comum. No início, a reação é de passividade total – marasmo que só costuma ser rompido quando vem uma ameaça externa, em particular alguma reportagem em jornal ou tevê. Foi assim no caso dos torcedores corintianos presos na Bolívia sob a arbitrária acusação de assassinato. Graças à inoperância da diplomacia brasileira, foram necessários cinco meses para que todos saíssem da prisão. Os casos não são isolados. “Os nossos diplomatas começaram a agir somente depois que procuramos a imprensa”, afirma a arquiteta Suzana Paschoali, cujo filho, o estudante de artes cênicas da Universidade de Brasília Artur Paschoali, 20 anos, está desaparecido desde 21 de dezembro de 2012, no Peru. “E, mesmo assim, demonstraram um total despreparo para lidar com a questão.” A família acredita que o jovem foi sequestrado por remanescentes do grupo terrorista Sendero Luminoso quando tirava fotos na região de Machu Picchu. Suzana conta que, quando soube do sumiço de Artur, ela e o marido viajaram para Lima, mas encontraram apenas funcionários terceirizados na embaixada brasileira. “Os diplomatas mais tarde se desculparam, alegando que, como era fim de ano, estavam de férias”, lembra a arquiteta, para quem, caso a representação consular tivesse se mobilizado com mais interesse e rapidez, Artur poderia ter sido resgatado. “Agora, quando cobro uma solução, eles ficam irritados”, diz ela.
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Brasileiros que travam na Justiça disputas com estrangeiros também reclamam da falta de atenção e apoio por parte dos consulados. A advogada paulista Jacy Raduan, 33 anos, relata a situação de desamparo em que se encontrou quando foi pedir ajuda ao consulado para recuperar os dois filhos, de 5 e 7 anos, que lhe foram tomados pela Justiça alemã. Divorciada do pai dos meninos, um advogado alemão, ela levou as crianças em 2009 para visitá-lo na cidade de Baden-Baden. O pai declarou que Jacy tentaria sequestrar as crianças para trazê-las ao Brasil e a Justiça alemã deu a guarda imediatamente a ele.  “O pai fez uma declaração falsa ao governo alemão. Fui procurar o consulado e a atendente me disse que o máximo que ela poderia fazer era ouvir o meu lamento”, diz Jacy. Segundo ela, o consulado nem sequer a orientou sobre os procedimentos legais necessários para recuperar a guarda das crianças. Jacy hoje vive no Brasil – sem os filhos.
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A ineficiência se sucede. Na embaixada de Roma, localizada na histórica Piazza Navona, a servidora pública Aracy Souza tentou sem sucesso um encontro com o embaixador para apresentar os termos de uma parceria comercial entre a multinacional em que trabalha e uma empresa brasileira. Foi informada de que não seria atendida e nem sequer passou da portaria. Acabou conseguindo uma audiência, em Brasília, com o ministro Fernando Pimentel, da Indústria e Comércio Exterior. “Pretendia fechar um acordo de cooperação entre empresas, mas nada consegui em Roma”, diz. “Me fizeram seguir um caminho mais trabalhoso.”  Tudo isso se revela pior e mais grave enquanto o Itamaraty não for capaz de explicar, de modo transparente, o destino real do dinheiro que recebe dos cofres públicos. Para que servem palacetes suntuosos se os cidadãos brasileiros – afinal, os que pagam a fatura – são tratados com tamanha indiferença?
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Fotos: G. Nimatallah/de Agostini/Glow Images; Imago/Stefan Zeitz; Joano Cunha/Folhapress; João Castellano/Ag. Istoé  Adriano Machado/Ag. Istoé

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A história de Jacy Raduan-Berger-É ASSIM QUE O BRASIL TRATA OS BRASILEIROS: CADÊ A RECIPROCIDADE QUE DEVE NORTEAR OS ACORDOS INTERNACIONAIS???


É ASSIM QUE O BRASIL TRATA OS BRASILEIROS: CADÊ A RECIPROCIDADE QUE DEVE NORTEAR OS ACORDOS INTERNACIONAIS???
A JUSTIÇA BRASILEIRA, NO QUE SE REFERE AOS TRATADOS INTERNACIONAIS, SÓ TEM SERVIDO PARA TIRAR OS FILHOS DOS BRASILEIROS E ENVIA-LOS PARA FORA DO PAÍS. EM CONTRAPARTIDA, NÃO FAZER ABSOLUTAMENTE NADA PARA PRESTAR APOIO JURÍDICO AOS BRASILEIROS QUE ESTÃO COM FILHOS RETIDOS ILEGALMENTE EM OUTROS PAÍSES E QUE LUTAM DESESPERADAMENTE PARA REAVER SUAS CRIANÇAS.
EM RELAÇÃO AOS PAÍSES SIGNATÁRIOS DA CONVENÇÃO DE HAIA E QUE COSTUMEIRAMENTE EXIGEM O CUMPRIMENTO DA REFERIDA CONVENÇÃO(QUANDO EM BENEFÍCIO DE SEUS CIDADÃOS)COMO A ALEMANHA E PORTUGAL,POR EXEMPLO, MAS QUE QUANDO SE TRATA DE DEVOLVER OS FILHOS DOS BRASILEIROS ILEGALMENTE RETIDOS NOS SEUS TERRITÓRIOS,SE RECUSAM A CUMPRIR COM A OBRIGAÇÃO DE REPATRIAR ESSAS CRIANÇAS.
DESSA FORMA, ASSISTIMOS INÚMEROS CASOS DE PAIS LUTANDO ANOS E ANOS PARA REAVER AS SUAS CRIANÇAS, SEM QUALQUER AJUDA DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DO BRASIL.

INSTA SALIENTAR, QUE OS CONSULADOS BRASILEIROS SÃO CABIDES DE EMPREGO, QUE NADA AUXILIAM OS SEUS CIDADÃOS NOS MOMENTOS EM QUE MAIS NECESSITAM. SÃO ÓRGÃOS VESTIGIAIS, TAIS COMO OS APÊNDICES NOS SERES HUMANOS,SEM QUALQUER UTILIDADE PRÁTICA.
O MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES É UM ÓRGÃO POLÍTICO DA ADMINISTRAÇÃO, COM O QUAL E SEM O QUAL OS BRASILEIROS CONTINUAM TAL E QUAL.

Segue abaixo, algumas atribuições do Ministério das Relações Exteriores, constante no site http://www.itamaraty.gov.br/o-ministerio/conheca-o-ministerio/view

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) é o órgão político da Administração direta cuja missão institucional é auxiliar o Presidente da República na formulação da política exterior do Brasil, assegurar sua execução, manter relações diplomáticas com governos de Estados estrangeiros, organismos e organizações internacionais e promover os interesses do Estado e da sociedade brasileiros no exterior.

O MRE possui as seguintes áreas de competência:

1. política internacional;
2. relações diplomáticas e serviços consulares;
3. participação nas negociações comerciais, econômicas, técnicas e culturais com governos e entidades estrangeiras;
4. programas de cooperação internacional e de promoção comercial; e
5. apoio a delegações, comitivas e representações brasileiras em agências e organismos internacionais e multilaterais.

No trato dos assuntos de sua competência, o MRE possui as seguintes incumbências: 

1. executar as diretrizes de política exterior estabelecidas pelo Presidente da República;
2. propor ao Presidente da República linhas de atuação na condução dos negócios estrangeiros;
3. recolher as informações necessárias à formulação e execução da política exterior do Brasil, tendo em vista os interesses da segurança e do desenvolvimento nacionais;
4. contribuir para a formulação e implementação, no plano internacional, de políticas de interesse para o Estado e a sociedade em colaboração com organismos da sociedade civil brasileira;
5. administrar as relações políticas, econômicas, jurídicas, comerciais, culturais, científicas, técnicas e tecnológicas do Brasil com a sociedade internacional;
6. negociar e celebrar tratados, acordos e demais atos internacionais;
7. promover os interesses governamentais, de instituições públicas e privadas, de empresas e de cidadãos brasileiros no exterior.


A JUSTIÇA NESSE PAÍS ESTÁ ENFERMA, AGONIZANDO. A ESQUIZOFRENIA DAS INSTITUIÇÕES DESSE PAÍS, NÃO TEM CURA!!!!


Brasileira recorre à ONU para reaver crianças mantidas na Alemanha pelo pai
As crianças estão no exterior desde 2009. No Brasil, existem 32 casos semelhantes

Étore Medeiros

Publicação: 03/01/2014 08:42 Atualização:
A história de Jacy Raduan-Berger, 33 anos, retrata um drama familiar comum ao de muitas mulheres brasileiras que têm filhos com estrangeiros. Jacy não vê Giacomo, de 7 anos, e Gustavo, de 5, desde fevereiro de 2012, devido ao que chama de uma “cilada” do ex-marido. Os meninos nasceram do casamento entre ela e o advogado alemão Georg Berger. O casal se conheceu em 2006, quando a advogada cursava mestrado no país europeu. A paulistana morava com o marido e os filhos no Brasil, mas, em 2009, durante uma crise no relacionamento, Georg decidiu voltar à Alemanha. O processo de separação foi iniciado e a guarda dos filhos ficou com Jacy. Depois de muita insistência do ex-marido, ela concordou em levar as crianças, no fim de 2009, para uma temporada de férias de três meses no inverno de Baden Baden.

Uma vez na cidade paterna, no entanto, Georg pediu a guarda das crianças à Justiça alemã, alegando, segundo a ex-mulher, que o casal morava na Alemanha e que Jacy queria fugir com as crianças para o Brasil. Em poucas semanas, os meninos tiveram os passaportes recolhidos, Georg conseguiu a guarda dos dois. A suposta tentativa de fuga nunca foi comprovada e é negada veementemente por Jacy. Nos tribunais europeus, no entanto, foi aceita como argumento decisivo. Quatro anos depois da viagem de férias e tendo perdido em todas as instâncias da Justiça alemã, Jacy está cada vez mais distante dos filhos. “Tenho uma tristeza muito grande pela cilada que ele armou. Um vazio muito grande pelo fato de não acompanhar o crescimento das crianças, nunca ter visto cair um dente”, lamenta.