domingo, 13 de maio de 2012

DIA DAS MÃES SEM MARIA!!!


Hoje é o DIA DAS MÃES, e está sendo um dia difícil pra mim, por mais que tente parecer mais forte, o fato é que definitivamente está sendo muito doloroso não ter a minha filha ao meu lado..Não vejo a hora de esse dia terminar, não porque  que tenha a ilusão de que minha dor irá desaparecer como num passe de mágica, não esquecerei de minha filha por um instante sequer e sofrerei com a sua ausência indefinidamente. O fato é que estou farta dessa felicidade inventada, artificial e que não coaduna com o momento que estou passando. Nunca pensei de passar um dia tão especial como esse sem minha filha. Lamento que por conta de um erro judicial me veja obrigada a passar o dia das mães sem Maria!
Desculpa, mas estou um tanto amarga hoje...mas vai passar, com fé em Deus! 

Beijo grande a todas as mamães!




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Mães são essas criaturas especiais, que Deus dotou com um pouco de cada virtude, para atender as criaturas, não menos especiais, que são as crianças.

As mães adivinham que a sua missão é a mais importante da face da Terra, pois é em seus braços que Deus deposita Suas jóias, para que fiquem ainda mais brilhantes.

Talvez seja por essa razão que Deus dotou as mães com sensibilidade e valentia, coragem e resignação, renúncia e ousadia, afeto e firmeza.

Todas essas são forças para que cumpram a grande missão de ser mãe.

E ser mãe significa ser co-criadora com Deus, e ter a oportunidade de construir um mundo melhor com essas pedras preciosas chamadas filhos.(desconheço o autor)

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Dia das Mães sem minha filha.


Dia das Mães sem minha filha.


Domingo, é o dia das mães, e pela primeira vez, não há motivos para comemorações aqui em casa. Embora tenha uma mãe maravilhosa, e mais uma filha fantástica, não posso festejar essa data como fiz todos esses anos, antes como filha, e há  alguns anos também como mãe.
Dia 19 de maio completar-se-a  cinco longos e tenebrosos meses que não vejo minha filha. Além disso, e para piorar a situação, também não tenho qualquer notícia de Maria Clara, não sei se minha filha está bem, se tem chorado,  se está bem de saúde física. Emocionalmente, com certeza ela não está bem. Que criança estaria bem depois de  ser arrancada dos braços da mãe às vésperas de natal, sem que lhe fosse dada qualquer explicação, sem que  fizesse um acompanhamento psicológico de forma a prepará-la para o pior!
Lamentavelmente, a juíza substituta da 11ª Vara Federal, Ana Carolina Dias Fernandes, sequer se dignou a  cuidar verdadeiramente dos interesses superiores da criança, pois se assim o fizesse não agiria com  tamanha crueldade com minha filha e comigo. A verdade, é que a  magistrada Drª Ana Carolina Dias Fernandes, foi precipitada, arbitrária e cruel. Por conta de uma liminar de  antecipação de tutela ex officio, concedida pela magistrada, e que passada algumas horas foi revogada pelo TRF, minha filha hoje encontra-se em Portugal. O que sinceramente acho absurdo nessa decisão da juíza, é como uma magistrada age de forma tão irresponsável , precipitada num caso como esse, que envolve interesse de menor e além disso,  envolve dois estados Brasil e Portugal. O problema, é que embora tenha sido revogada a liminar, e ainda que haja uma decisão do TRF que ordena o retorno imediato da menor ao Brasil, até a presente data não foi cumprida a decisão. O Brasil não tem jurisdição em Portugal, portanto as decisões existentes aqui no Brasil, não obrigam Portugal a cumpri-las. Por conta disso, é necessário o envolvimento do Ministério das Relações Exteriores, de todo um trabalho diplomático, para que se viabilize  o cumprimento da decisão e assim, possibilite o retorno de minha filha ao Brasil.
Tenho consciência que não é uma situação fácil, porém, tenho convicção que se houver boa vontade, interesse do Estado brasileiro de agir com diligencia, tudo poderá se resolver da melhor forma possível.
O que lamento profundamente, é que por conta dessa trapalhada da magistrada, eu me veja privada do convívio com a minha filha, dos carinhos, dos beijos, de poder  abraçá-la e de dormir agarradinha com ela, como fazia todas as noites. Lamento profundamente, que um processo  delicado, que envolve um desgaste emocional imenso, em que não há vencedores, pois  na realidade, todos nós perdemos muito.
A verdade, é que minha filha  foi tratada pela justiça brasileira como um objeto, e não como um ser humano, que tem sentimentos e vontades. Maria Clara, queria estar aqui no Brasil comigo e com a família dela. Aliás, ela afirmou claramente isso para a psicóloga que foi designada para  examina-la, e  consta essa observação no laudo pericial. Por que a juíza não levou em consideração a vontade de Maria Clara? Não é ela o elemento principal desse processo?
A convenção de Haia prima pelo interesse superior da criança, leva em consideração o bem-estar, a saúde física e psíquica. Sinceramente, afirmo-lhe que minha filha não está feliz, emocionalmente equilibrada  estando distante da mãe, da família, dos amigos que tem aqui no Brasil. Maria Clara hoje é vítima de ALIENAÇÃO PARENTAL!!! Preocupo-me, com os traumas que podem resultar desse processo de isolamento emocional que o pai da minha filha tem de forma cruel e irresponsável, imposto a minha filha.
Sou MÃE  de Maria Clara, carreguei no meu ventre durante longos e sofridos meses. Passei a gravidez em cima da cama, com dores terríveis, pressão alta, hemorragias, com um diagnóstico de hematoma na placenta, e além disso, o fato de ter perdido um bebê meses antes de engravidar de Maria, fez-me  redobrar os cuidados. Além disso, o fato de na  minha primeira gravidez eu ter sofrido de pré-eclampsia foram longos e sofridos meses, de angústia, e medo de perder o bebê. A minha gravidez foi de alto risco e ainda assim, com todo o sofrimento, tive a minha filha e amei-a desde o primeiro instante, e embora  no dia 12 de agosto de 2005 tenham cortado o cordão umbilical que nos unia, a verdade é que sempre estivemos juntas!
Acho importante  que as crianças tenham bom relacionamento com o pai, que convivam e que participem um da vida do outro. Mas mãe é um ser especial, uma fonte inesgotável de amor, de vida. Dizem os antigos, que ser mãe é padecer no paraíso. E eu completo;ser privado do amor de um filho, é como se arrancassem-nos o coração do peito e levassem-no para bem longe. A gente sobrevive, mas não vive!!  Só há paz no coração de uma mãe quando temos o filho "perto dos olhos", porque perto do coração ele sempre há de estar.
E por falar em filha, lembrei-me da minha mãe, que sempre está ao meu lado nos momentos mais difíceis, nas alegrias e nas tristezas. Se não fosse o apoio dela, nesse momento tão sofrido, com certeza  não teria forças para lutar. Minha mãe é uma força da natureza, e é ela que diante do meu sofrimento, tem me passado vibrações positivas, fé em Deus e na justiça. Sem minha mãe, meu caminho seria mais sofrido, o fardo que carrego seria ainda mais pesado, e esse vazio que hoje sinto no peito, me faria sucumbir ao desespero.
As mulheres da minha família são muito especiais, fortes, amorosas e também determinadas. Além disso, minha família  tem a religiosidade presente em todos os bons e maus momentos das nossas vidas. Aprendi com a minha avó a rezar todas as noites, pedir  proteção a Deus e para Nossa Senhora, que cuide de mim e livre-me de todo mal. Porém, desde que fui mãe, nas minhas orações peço pelas minhas filha e pela minha família, e nem me lembro de pedir nada para mim. Entendo que não tenho direito de pedir nada para mim, pois ao pedir que Ele proteja  as minhas filhas, na realidade estou pedindo que Deus cuide da melhor parte de mim!